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7 Técnicas poderosas de análise (2) – Análise de Dependências

Postado em 30 de ago. de 2017 por Antonio Plais

Originalmente postado por Marc Lankhorst*, no blog da BiZZdesign – Tradução autorizada

Na postagem anterior, delineamos o valor de usar técnicas de análise para obter mais valor de negócio de seus modelos. Descrevemos uma das técnicas de análise mais comuns, a análise de impacto, e mostramos como visão de cores e mapas de calor pode ser usado para mostrar, por exemplo, o uso de aplicativos para suportar capacidades.

Uma técnica de análise relacionada e muito popular é a análise de dependência. Ela é usada tipicamente para analisar como diferentes elementos da arquitetura dependem uns nos outros na operação da empresa. Além de simplesmente caminhar através dos relacionamentos em seus modelos, você pode, também, usar esta estrutura para calcular propriedades agregadas de sua arquitetura ou processos.

Você pode usar isto para definir indicadores-chave de desempenho (KPI-Key Performance Indicator) com base em vários atributos do seu panorama de TI. Por exemplo, calcular a disponibilidade de suas capacidades de negócio com base na confiabilidade dos aplicativos subjacentes, que, por sua vez, depende da confiabilidade da infraestrutura subjacente.

Muitas vezes, isto é surpreendente para gerentes de TI que pensam que estão indo bem, mesmo quando as áreas de negócio estão reclamando sobre interrupções nos serviços: se um único aplicativo tem 99% de disponibilidade, mas sua capacidade de negócio precisa de 30 aplicativos como este para funcionar em harmonia, sua disponibilidade agregada é menor do que 75% (0.99^30 ≈ 0.739). Uma recente apresentação da United Airlines no Business Architecture Innovation Summit, em Bruxelas (Junho de 2017) abordou exatamente este tópico: usar capacidades para definir métricas de TI orientadas para o negócio.

Como um exemplo, considere o mapa de calor abaixo, que mostra a disponibilidade de parte dos aplicativos de retaguarda. A maioria está verde (ou esverdeada), o que, neste código de cores, significa uma disponibilidade maior que 98%, de forma que não há muito com o que se preocupar, não é mesmo?

blog AnalysisTechniques 002

Agora, veja o mapa parcial de capacidades abaixo, que foi tirado do mesmo modelo e usa o mesmo código de cores, mas mostra a disponibilidade total de cada capacidade com base em todo o seu suporte de TI. Isso parece bem menos agradável…

blog AnalysisTechniques 010

Usar mapas de calor de suas capacidades de negócio, como o mostrado acima, imediatamente realça onde a gerência precisa focar sua atenção e a estrutura de seus modelos permite que eles se aprofundem nos problemas subjacentes. No exemplo, faria sentido começar com capacidades como “Customer Order Management” e a sua TI de suporte.

Tais KPIs são relevantes não apenas para o seu gerenciamento de serviços de TI, como podem fornecer também entradas estrategicamente importantes para a continuidade do negócio e o gerenciamento de risco da TI. Um exemplo relacionado é identificar quais capacidades estão em risco por causa da tecnologia subjacente que em pouco tempo perderá o suporte do fornecedor. Você pode adicionar informações sobre o ciclo de vida da tecnologia a partir de fontes como a Technopedia, e propagar isto através de seu modelo, de forma similar aos exemplos anteriores. Isto ajuda você a priorizar áreas onde você precisa melhorar sua TI primeiro, com base nas capacidades críticas de negócio que eles suportam.

Para criar estes tipos de análise, nós usamos a semântica dos relacionamentos do ArchiMate, tais como Servidão, Realização e Fluxo. A funcionalidade padrão do Enterprise Studio fornece suporte extensivo para a criação de vários tipos de visões, análises e painéis de controle, e podemos fornecer para você vários exemplos para que você desenvolva. Adicionalmente, você também pode criar análises altamente personalizadas e inteligentes para propósitos específicos, usando a linguagem de scripting embutida do Enterprise Studio.

Estes exemplos dão uma pequena amostra das muitas maneiras de extrair mais valor de seus modelos e criar KPIs e visões focados no negócio. Veja mais nas próximas postagens desta série. Fique ligado!

* Mark Lankhorst é Gerente de Consultoria & Evangelista-Chefe de Tecnologia da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

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