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Gerenciando os Desafios das APIs com uma Abordagem de Gerenciamento de Portfólios

Postado em 25 de jan. de 2021 por Antonio Plais

Originalmente postado por Nick Reed*, no blog da BiZZdesign – Adaptação e tradução autorizadas

Interfaces de Programação de Aplicativos (APIs-Application Programming Interfaces) emergiram nos anos recentes como um dos principais habilitadores da transformação digital e da agilidade empresarial. Por meio da definição e implementação de APIs, a liderança sênior de TI pode aumentar as capacidades de resposta e adaptação dos sistemas de TI – tanto os legados como os modernos – conectando os aplicativos e os dados mais rapidamente e mais efetivamente. Isso permite o desacoplamento entre as formas Ágeis de trabalhar dos sistemas de engajamento – os aplicativos de frente de atendimento utilizados pelos usuários finais, onde experiência do usuário e responsividade são vitais – e as práticas de trabalho altamente governadas dos sistemas de registro de retaguarda que, em geral, ainda suportam as capacidades principais da empresa.

No entanto, muitos líderes de TI têm lutado para entregar os benefícios prometidos pela “economia das APIs”. Em vez disso, eles encontraram visibilidade e transparência limitadas das APIs através da organização, redundância e duplicação, contínuo crescimento da sobrecarga de manutenção e, ao final, custos mais altos, com as mesmas barreiras para a rápida transformação que existiam anteriormente. Uma das causas primárias para isso é , em geral, a abordagem estreita, segmentada e focada na TI adotada pela maioria dos programas de desenvolvimento de APIs.

Nós argumentamos que adotar uma abordagem baseada no gerenciamento de portfólios pode ajudar a endereçar estes desafios e habilitar a entrega efetiva dos benefícios das APIs. Os princípios básicos são análogos às práticas bem estabelecidas de gerenciamento de portfólios de projetos (PPM-Project Portfolio Management) e de aplicativos (APM-Application Portfolio Management).

Primeiro, comece com o contexto de negócio, com base nas estratégias e metas de negócio. Isso tipicamente envolve entender quais capacidades de negócio são prioritárias para investimento e melhoria, e quais jornadas do cliente são o foco para os esforções de transformação.

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Rastreabilidade entre capacidades de negócio, serviços, dados e APIs

Jornadas do cliente fornecem uma abordagem estruturada e focada no cliente para desenhar e analisar a experiência do cliente, o que é necessariamente uma prioridade alta para a transformação digital. Elas também fornecem os meios para identificar quais processos de negócio, serviços de TI e aplicativos são necessários para suportar uma experiência do cliente superior de ponta a ponta.

Isso, por sua vez, informa quais APIs são necessárias para a jornada do cliente (juntamente com as análises avançadas associadas) e fornece valor de negócio real e tangível associado com essas APIs. Ao criar métricas que levam estes fatores em consideração, o valor de negócio das APIs (potenciais) pode ser avaliado de uma forma transparente e objetiva.

Em segundo lugar, as APIs não são usadas, necessariamente, apenas para suportar a experiência do cliente. Muitas vezes, elas são “habilitadores técnicos”, agindo como um envelope em torno de aplicativos legados e habilitando serviços de dados para os aplicativos de negócio que contém a lógica do negócio. Os aplicativos podem, por sua vez, fornecer APIs de nível mais alto e serviços de dados para os sistemas de engajamento.

A partir desta perspectiva, o valor técnico representa uma métrica mais relevante. Essa medida pode quantificar os benefícios de evitar tecnologias legadas – onde as competências e os recursos são mais escassos e mais caros, e onde as mudanças podem ser mais complexas e arriscadas – e fornecer PIS modernas (e.g. microsserviços REST) que são mais fáceis de consumir pelos aplicativos de negócio e mais adaptáveis para as demandas em constante mudança. O valor técnico pode incluir, também, outros aspectos de qualidade das APIs, tais como capacidade e outras métricas de desempenho.

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Desempenho das APIs (clique para ampliar)

Em terceiro lugar, garanta que o portfólio de APIs está orientando em direção a um panorama de TI mais simples e adaptável. Um dos perigos de ter equipes autônomas construindo APIs e microsserviços é a proliferação complexa de dependências através de uma vasta rede de APIs conectadas. Adotar uma abordagem orientada pela arquitetura para controlar esta complexidade, o que permite uma coordenação suave entre as equipes, evita a armadilha do “espaguete de APIs”, sem precisar das formas de trabalho clássicas, monolíticas e em cascata de comando e controle.

Talvez o mais importante ponto a observar, no entanto, é que as APIs têm a ver com dados – fornecer dados para os aplicativos de uma forma confiável e poderosa. Então, é crítico ter uma arquitetura de dados modelada como parte de sua arquitetura corporativa completa, que permita que os objetos de dados sejam mapeados para as APIs, aplicativos e serviços que os fornecem e consomem. Isso fornece visibilidade para a duplicação de serviços de dados e APIs, permitindo a racionalização e a otimização do portfólio.

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Mapeando dados para APIs via serviços (clique para ampliar)

Modelar a arquitetura de dados, APIs e aplicativos não apenas suporta a agilidade do negócio por meio da rápida transformação, como também suporta o gerenciamento de governança, risco e conformidade ao permitir que as equipes visualizem rapidamente as “pegadas” dos dados no panorama corporativo (e.g. para relatórios de conformidade com a LGPD e a GDPR) e avaliem riscos e impactos (e.g. para a segurança da informação). Mais ainda, isso também suporta um linha de visão completa desde a experiência do cliente e a estratégia de negócio, através dos processos e aplicativos, até os dados necessários para suportá-los, fornecendo análises de impacto e de dependências para um planejamento e execução melhorados.

Em resumo, o crescimento da utilização de APIs representa uma oportunidade significativa para que as empresas acelerem seus esforços de transformação digital. No entanto, isso pode ser, também, arriscado e custoso se for feito de uma forma segmentada, sem contexto de negócio e sem um claro entendimento dos benefícios técnicos e para o negócio. Ao adotar uma abordagem baseada em portfólios, na qual as APIs são tratadas como cidadãos de primeira classe na arquitetura corporativa, as organizações podem garantir que estão tomando as decisões de investimento corretas em direção à realização dos benefócios da economia das APIs.

Se você quer saber mais sobre estes e outros assuntos ligados à arquitetura corporativa, entre em contato com a Centus Consultoria, e fique ligado nas nossas postagens neste blog.

* Nick Reed é Diretor de Estratégia da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

 

 

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