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Arquitetura de Negócio no Novo Normal

Postado em 15 de jan. de 2019 por Antonio Plais

Baseado na postagem original por Remco Blom* no blog da BiZZdesign. Adaptação, tradução e reprodução autorizados.

A arquitetura de negócio é uma capacidade desafiadora. Desenhar o negócio, otimizar seus processos e suavizar a forma como a informação é coletada e usada é muito interessante, mas acima de tudo muito difícil. Em uma postagem no blog da KLM, intitulado “I Have a Lack of Strategic Vision”, Martin van der Zee, SVP e-commerce, aponta que visões estratégicas em PowerPoint não funcionam para a Air France-KLM na nova era digital em que eles hoje se encontram. Ele apresenta uma série de razões pelas quais os planos estratégicos de longo prazo não estão funcionando para eles:

  1. As apresentações em PowerPoint contendo documentos de visão ou estratégia são preparadas a partir de uma perspectiva interna (a empresa, ou o departamento de uma pessoa específica).
  2. Estes documentos apresentam uma visão simplificada do que está acontecendo no mundo exterior.
  3. O autor se sente realmente satisfeito com o documento e, eventualmente, confunde visão estratégica e esforço com progresso.

“Neste novo mundo digital, ninguém sabe para onde está indo. A única forma de ter uma tênue visão do que está acontecendo é tentar entender o que nossos clientes querem, construir um protótipo funcional e testá-lo no mundo real. Falhe rápido e com frequência. Apresentações PowerPoint não ajudam você a fazer isso; construir, testar e ajustar o fará.”

Projetos e experimentos são parte de um ciclo de aprendizado nas organizações. John Boyd introduziu o Ciclo OODA para expressar um ciclo de decisão para Observar, Orientar, Decidir e Agir. Uma vez que a velocidade das oportunidades que passam está aumentando, sua organização precisa acelerar seu ciclo OODA. Como você contribui para o ciclo OODA na sua organização?

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A visão clássica dos arquitetos

Os arquitetos, tipicamente, argumentarão que os websites e bancos de dados temporários por trás dos protótipos sugeridos tendem a permanecer por mais tempo do que os inovadores e gerentes de projeto prometeram ao implementá-los. Os arquitetos sabem tudo a respeito de legados, crescimento orgânico e seus panoramas de aplicativos, bem como os enormes esforços que são exigidos para racionalizar estes panoramas. Os arquitetos preferem elaborar um plano antecipado, discutir os princípios subjacentes (esperando que eles sejam aprovados pela gerência sênior), desenhar uma visão geral do futuro desejado, analisar o impacto das mudanças propostas e, só então, iniciar os projetos.

As forças internas e a falta de velocidade desta abordagem são trazidas à discussão por Martijn van der Zee, mencionado acima. Joi Ito, do MIT, vai além em sua apresentação TED sobre inovação na Era da Internet, ao declarar que a Internet está mudando fundamentalmente a forma como nós inovamos. A velha forma “jeito MBA de inovação” é muito lenta e não se beneficia do mundo conectado de hoje.

OK, está certo… mas o que isso significa para a forma como estamos arquitetando (nas) organizações?

A alternativa: Contribuir para a flexibilidade e para a escalabilidade

  1. Arquitetos no Novo Normal não deveriam frear a inovação, mas facilitar a inovação por todos os meios ao seu alcance. Através da criação e oferta de blocos de construção reusáveis (e.g. processos padrão, conjuntos de informação, serviços de aplicativo, padrões técnicos), os arquitetos contribuem para aumentar a velocidade das experimentações. Quanto mais blocos de construção bem documentados e reusáveis você tiver disponível, mais rápido você poderá ligá-los em um protótipo funcional com passos/funcionalidades a serem adquiridas (na nuvem) ou construídas.
  2. Arquitetos no Novo Normal deveriam ser capazes de se engajar com pessoas que preferem outras formas de comunicação e estilos de aprendizado do que aqueles que eles preferem. “Fazer” e “Experiência Concreta” é o que os gerentes de negócio geralmente preferem, enquanto os arquitetos preferem um estilo orientado para “Pensar” e, em alguns casos, “Observar e Refletir”. Não existe certo ou errado em relação a estes estilos de aprendizado, eles apenas ajudam você a assumir uma nova abordagem e atravessar todos os passos da aprendizagem para maximizar sua experiência de aprendizado. Em muitos casos, bom é bom o suficiente. Trabalhar com o Princípio de Pareto em mente e entender que em ambientes em rápida mudança um rascunho 80% de um desenho é bom o suficiente para rodar um experimento e aprender bastante.

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  1. Arquitetos no Novo Normal deveriam ter uma visão sobre a velocidade. Quais são os processos e canais mais rápidos na organização e onde precisamos maximizar a estabilidade? Arquitetos no Novo Normal também deveriam fornecer um conjunto de critérios para ajudar os gerentes de negócio a decidir como escalar um experimento, incluindo cenários para a integração ou reengenharia da funcionalidade que foi desenvolvida em um experimento isolado, para ajustá-lo ao restante do panorama de aplicativos. Escalabilidade é um desafio chave, tanto para startups como para experimentos em grandes organizações.

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Técnicas de arquitetura de negócio ajudam você neste processo. A Centus e a Bizzdesign aplicam estas técnicas nas ferramentas, treinamentos e consultoria que fornecemos. Nós acreditamos fortemente que as capacidades de arquitetura deveriam focar na criação de valor de negócio através da racionalização e otimização, bem como através do crescimento e inovação.

Se isso também faz sentido para você, entre em contato e vamos conversar mais sobre isso.

*Remco Blom é consultor sênior e especialista em melhoria de processos e segurança da informação na Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

 

 

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