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As Cinco Armadilhas mais Comuns para a Tomada de Decisões Informada

Postado em 4 de jan. de 2019 por Antonio Plais

Inspirado na postagem original por Ton Baas no blog da BiZZdesign. Adaptação, tradução e reprodução autorizados.

Todos nós já experimentamos momentos onde tivemos que tomar decisões grandes ou importantes sem qualquer forma de orientação, ajuda ou suporte. É um fato bastante conhecido que muitos gerentes tomam suas decisões com base na sua intuição. Isso pode ser adequado para pequenas decisões, mas e as grandes decisões estratégicas? A tomada de decisão informada está se tornando uma tendência, com muitas organizações abandonando as decisões baseadas na intuição e incorporando ferramentas e análises analíticas para ajudar a alcançar a melhor decisão possível.

Com a nossa experiência em gerenciamento de mudanças e tomada de decisão, nós ajudamos as empresas a tomar as decisões certas. No entanto, nós descobrimos que existem várias armadilhas no caminho da tomada de decisão informada. Nós compartilhamos, nesta postagem, as cinco armadilhas mais comuns que temos encontrado.

5 – Tratar todas as decisões da mesma forma

blog decision 001Uma armadilha bastante óbvia, mas ainda assim uma que nos aparece mais vezes do que gostaríamos. James Taylor, no livro Decision Management Systems: A Practical Guide to Using Business Rules and Predictive Analytics, discute as diferenças entre decisões estratégicas, táticas e operacionais. Decisões operacionais tendem a ser estruturadas – fáceis de automatizar e podem ser automatizadas bem rápido. No entanto, existe uma pegadinha em relação à automatização: nem todos os métodos de automatização funcionam igualmente bem para todos os níveis de decisão. É melhor ter processos de tomada de decisão e técnicas analíticas diferentes para cada um destes níveis.

4 – Não refinar seus modelos de decisão

Outro ponto que sempre aparece quando falamos sobre a tomada informada de decisões são os modelos e ferramentas utilizadas. No mundo atual é praticamente impossível não pensar em automatização ou no uso de sistemas de TIC. O mesmo acontece com a tomada de decisão, na qual ‘big-data’ se tornou a base para muitas visões analíticas sobre a tomada de decisão. No entanto, nem todas as decisões utilizam os mesmos dados ou mesmo o mesmo modelo que outras decisões – você precisa garantir que o seu modelo está alinhado com a decisão a ser tomada e que ele incorpora os dados corretos para isso.

3 – Não combinar o julgamento automatizado com o julgamento humano

Tenha sempre em mente que modelos e ferramentas não são um substituto ou uma solução perfeita para as decisões humanas. Onde o julgamento humano é necessário, os tomadores de decisão deveriam utilizar os sistemas de inteligência e apoio à decisão em um modo ‘gerenciado por exceção’. Na medida em que nos acostumamos que os sistemas tomam as decisões no nosso lugar, nós tendemos a nós tornar alienados e perder o controle sobre os possíveis enganos que estão sendo cometidos. É bom manter uma estreita colaboração e permanente supervisão dos sistemas automatizados, apenas para manter a certeza de que há uma pessoa que pode ser chamada caso alguma coisa fora do comum aconteça.

2 – Não conhecer sua audiência

Quando pensamos sobre a tomada de decisão informada, a ligação com as representações das regras de negócio é muito forte. Uma regra de negócio é uma forma de estruturar a lógica das decisões, de forma que é importante representá-las bem. Larry Goldberg e Barbara von Halle, no livro The Decision Model: A Business Logic Framework Linking Business and Technology, discutem as várias formas de representação das regras de negócio, e apontam que na maioria dos casos as regras de negócio (ou regras de decisão) estão enterradas no código dos sistemas ou na cabeça das pessoas, tornando difícil vê-las, entendê-las ou modificá-las quando necessário. Decisões levam a mudanças que você precisa ‘vender’ para sua audiência. Com as representações das regras de negócio indo desde as fáceis de compreender (com pouca profundidade) até as extremamente complexas (com maior profundidade), você precisa entender as pessoas com as quais você está trabalhando para defini-las, bem como as pessoas para as quais você estará ‘vendendo’ as decisões.

Por exemplo, uma instituição de saúde retirou todas as regras de negócio codificadas nos sistemas e assim pode visualizar a lógica das decisões, bem como avaliar o impacto de mudanças na lógica. Eles foram capazes de transferir a gestão da lógica para o próprio pessoal de negócio, ganhando agilidade, flexibilidade, segurança e menores custos. Isso tornou mais fácil rastrear inconsistências e melhorar o processo de tomada de decisão. Conhecer a sua audiência e mudar a representação das regras de negócio de acordo, permite que você melhore significativamente a utilidade das suas regras de negócio.

1 – Desconectar as decisões

Uma das maiores armadilhas é desconectar a tomada de decisão daquilo que a decisão realmente representa para a organização e para o seu futuro. Cada decisão tem uma consequência que pode ser rapidamente perdida no processo de automatização ou na complexidade que advém do próprio processo de decisão em si. Garantir que o modelo leve em consideração quaisquer consequências derivadas da decisão é essencial para estabelecer uma sólida tomada de decisão. Atribuir um curador com mandato adequado e objetivos de negócio claros para o resultado da decisão ajuda a manter a lógica de decisão alinhada com os objetivos da empresa.

Conclusão

Ao fim e ao cabo, nós vemos que a automatização está se tornando cada vez mais uma parte integral da tomada de decisão. Ela facilita as tarefas repetitivas do dia a dia e economiza tempo (e, consequentemente, dinheiro) para cada decisão tomada. Pequenas decisões automatizadas, conectadas a processos de negócio também automatizados, são fundamentais para a transformação digital que as organizações estão buscando para enfrentar um ambiente de negócio cada vez mais mutável e, ao mesmo tempo, regulamentado.

No entanto, é essencial diferenciar entre os vários tipos de decisão, e não deixar que os modelos e ferramentas tomem conta de tudo, mesmo quando não trazem vantagens para o processo. É importante realizar que muitas decisões precisam da entrada e da análise humana. Desde que você leve em consideração qual tipo de modelo é adequado para a sua audiência, e os eventuais problemas que possam ocorrer durante a modelagem, suas decisões serão tomadas em uma base quase perfeita – melhorando as operações da sua empresa.

*Antonio Plais é proprietário e consultor-chefe na Centus Consultoria. Ton Baas é consultor na Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

 

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