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Comunicando a Arquitetura para as Partes Interessadas

Postado em 24 de jul. de 2018 por Antonio Plais

Originalmente postado por Marc Lankhorst*, no blog da BiZZdesign – Tradução autorizada

Anteriormente, publicamos uma postagem sobre o gerenciamento das partes interessadas e mostramos algumas técnicas úteis para suportar esta importante parte da arquitetura corporativa. Nesta postagem, gostaríamos de mostrar as diferentes formas de compartilhar informações sobre a arquitetura com os diferentes tipos de partes interessadas envolvidos com a mudança da sua empresa.

Metas de Comunicação

Quando comunicando sobre a arquitetura, você precisa considerar o tipo de parte interessada que você está endereçando e qual a informação que ele/ela demanda da sua arquitetura. Como descrito originalmente no livro Enterprise Architecture at Work, e também mencionado no padrão ArchiMate® para a modelagem da arquitetura, existem três metas principais para a comunicação da mudança:

  • Desenhar: Suportar os arquitetos, desenhistas de processos, desenvolvedores de software, e outros, que precisam de informações inequívocas sobre o desenho. Tipicamente, este grupo usa vários diagramas em linguagens tais como ArchiMate, UML ou URL. Seu foco principal está nos aspectos funcionais e não-funcionais dos seus desenhos.
  • Decidir: Suportar os gerentes com as informações que eles precisam para decidir sobre prioridades, investimentos, planejamento, e muito mais. Normalmente são usadas tabelas, gráficos diversos, mapas de calor para realce, e gráficos de Gantt para roteirização. Eles também tendem a enfatizar métricas financeiras e de risco para decidir sobre a mudança.
  • Informar: Endereçar outras partes interessadas, como empregados, clientes e parceiros de negócio, para envolvê-los nas mudanças (propostas). Isto não requer a precisão dos dois grupos anteriores, mas requer um entendimento simples e intuitivo das consequências (algumas vezes, pessoais) da mudança. Exemplos disso incluem ilustrações, desenhos, animações e infográficos.

Estilos de comunicação

Além destes objetivos de comunicação, você também precisa levar em consideração a forma como as pessoas preferem consumir a informação:

  • Pessoas visualmente orientadas gostam de se comunicar através de imagens, e.g. diagramas, figuras e animações. Partes interessadas com histórico técnico geralmente caem nesta categoria.
  • Pessoas numericamente orientadas preferem números, tabelas e gráficos. Naturalmente, aqueles que trabalham na área financeira caem neste grupo.
  • Pessoas verbalmente orientadas entendem melhor uma situação através de descrições textuais. A área legal e jurídica é um importante exemplo deste grupo.

Uma vez que os arquitetos são geralmente visualmente orientados, nós temos a tendência de mostrar o fruto dos nossos esforços através de diagramas. Mas essa não é, necessariamente, a melhor opção; isso funciona bem para 1) desenhar e 2) pessoas visualmente orientadas. No gerenciamento, nós muitas vezes encontramos pessoas com um histórico legal. Eles não se sentem à vontade com diagramas e outras figuras mas, ao invés disso, necessitam de informações textuais, enquanto aqueles com um histórico em finanças precisam de números, tabelas e gráficos. Falar a “língua” deles é uma parte importante do esforço para efetivar a mudança que você quer realizar.

Exemplos de comunicação com as partes interessadas

A informação contida em modelos de arquitetura pode ser mostrada de várias formas – não apenas diagramas. Em particular, as várias dependências entre os elementos da sua arquitetura pode ser exploradas para criar percepções transversais que servem às necessidades de vários grupos de partes interessadas. Mostrar estas informações de múltiplas formas pode ajudar os diferentes tipos de partes interessadas a obter o entendimento que eles precisam para seguir em frente.

Abaixo, você vê o risco de obsolescência tecnológica (de partes) das capacidades de negócio de uma organização. As datas de fim de vida das várias tecnologias, como fornecido, por exemplo, pela Technopedia (que você pode importar facilmente para nossa plataforma), são agregados através de toda a arquitetura através, neste caso, dos aplicativos e processos de negócio que suportam cada capacidade. Tal análise ajuda a gerência a endereçar os riscos das tecnologias antigas para a continuidade dos negócios, e então decidir onde investir em atualizações ou substituições.

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Um mapa de calor como o mostrado acima funciona bem para pessoas visualmente orientadas, que podem imediatamente prestar atenção nas capacidades coloridas em vermelho acima à direita. A mesma informação pode também ser mostrada em uma tabela, como demonstrado abaixo. Isto pode ser mais adequado para pessoas que preferem informações um formato tabular ou textual.

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Abaixo mostramos outro exemplo: um diagrama de planejamento com informação tabulr adicional sobre conflitos nos projetos. Este é o tipo de informação que um gerente precisa para avaliar o impacto de atrasar um projeto, ou a informação que um gerente de produto necessita quando decidindo se vai ou não incluir uma funcionalidade na próxima iteração.

No alto, vemos que um atraso no primeiro projeto na linha do tempo leva a problemas com o segundo projeto (o sinal de alerta amarelo), uma vez que ele depende do primeiro. A tabele embaixo mostra (em vermelho) que existe ainda um conflito potencial indireto: os dois projetos estão trabalhando no mesmo sistema, de forma que se eles se sobrepuserem no tempo, eles podem afetar um ao outro.

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Além do diagrama e da tabela, o texto que você acabou de ler é, naturalmente, uma terceira descrição desta informação. Qualquer diagrama ou tabela deveria ser acompanhada de uma explicação como esta. Um texto em linguagem natural como este pode até mesmo ser gerado automaticamente a partir dos modelos. Mas nós vamos além disso: estamos trabalhando em conjunto com nosso cliente e parceiro de inovação, a Schaeffler AG, para oferecer um chatbot que permite que você, literalmente, converse com os seus modelos!

Quer saber mais sobre as capacidades de publicação e comunicação do Bizzdesign Enterprise Studio e Horizzon? Entre em contato com a Centus Consultoria ou solicite uma demonstração.

* Mark Lankhorst é Gerente de Consultoria & Evangelista-Chefe de Tecnologia da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

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