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Linguagem: A Base para Transformações Estratégicas de Sucesso

Postado em 31 de mar. de 2018  por Antonio Plais

Originalmente postado por Bernd Ihnen*, no blog da BiZZdesign – Tradução autorizada

Estamos vivendo tempos interessantes. A digitalização de todas as capacidades de negócio atingiu um novo nível, e provoca um enorme impacto em todas as indústrias. Modelos de negócio estão sendo redefinidos e novas companhias emergem para se tornarem importantes empresas globais. Hoje, as empresas precisam ser mais ágeis do que nunca, e a velocidade da mudança só irá continuar aumentando.

Para encarar este desafio, a única opção é se tornar uma “Empresa Adaptativa”. Depois de digitalizar as capacidade de negócio umas depois das outras, através de mudanças estratégicas, a maioria das operações são digitalizadas e os processos continuarão a serem estendidos para outras áreas operacionais. Ho entanto, uma importante capacidade está sendo esquecida:

Para se tornar verdadeiramente uma “Empresa Adaptativa”, você deve digitalizar sua capacidade de mudança

Digitalizando a mudança

Mark Lankhorst e Peter Matthijssen explicam isso em profundidade em seu eBook A Empresa Adaptativa – Prosperando em uma Era de Mudanças. Ser capaz de descrever seu negócio e as tecnologias de suporte, em seus vários níveis de detalhe, é uma capacidade importante para acelerar transformações estratégicas. A Arquitetura Corporativa fornece métodos e técnicas para desenvolver e descrever a estratégia corporativa, o negócio, as tecnologias, os programas, e como tudo isso funciona em conjunto.

Falar a mesma linguagem para alinhar diferentes papéis, áreas de negócio, projetos e operações é um desafio constante para a mudança estratégica. Na prática e na web, vemos muitas descrições de arquiteturas. Algumas usam uma linguagem formal, algumas usam símbolos fornecidos por alguma ferramenta de desenho, e algumas usam simples matrazes ou descrições textuais.

Usar uma notação formal fornece a enorme vantagem da precisão e do alinhamento para os arquitetos, e permite que eles respondam a perguntas como:

  • Sobre o que esta descrição da arquitetura está falando? Todo mundo pensa a mesma coisa quando usa as mesmas palavras?
  • A descrição da arquitetura endereça uma descrição funcional?
  • a descrição da arquitetura endereça ativos reais, como os servidores instalados?
  • Ela descreve sistemas em produção, em instalação, sistemas de backup, sistemas em pré-produção?
  • O desenho da arquitetura descreve partes de uma arquitetura da indústria ou a arquitetura da empresa?

Onde começar para obter o controle sobre a enorme variedade de descrições da arquitetura nos diferentes programas e projetos?

Primeiro, deveríamos ser capazes de categorizar as descrições da arquitetura. Para manejar isso, o Continuum Corporativo do TOGAF é um framework bastante útil. Ele ajuda a realçar em que nível de abstração uma arquitetura está (neste momento) sendo analisada, e apresenta diferentes níveis para serem usados para diferentes propósitos: “O Continuum Corporativo fornece um método para a classificação de artefatos de arquitetura e de solução […]” (TOGAF 9.1, seção 39.1), e a figura abaixo mostra uma ideia geral desta classificação:

blog continuum 008

Figura 1: Adaptado de TOGAF 9.1 Figura 39-1

Comecemos com o retângulo inferior. As soluções implementadas descrevem o que está realmente implementado – os ativos do mundo real. Ele reflete quais soluções são selecionadas e instanciadas através de uma implementação. Estas soluções implementadas podem ser as instalações em produção, tais como “ERP SAP P123”, ou “Salesforve P123”, e são, em geral, gerenciadas pelas Operações. Uma vez que as soluções implementadas são instâncias de soluções, o continuum de blocos de construção de soluções contém tipos ou mapas de soluções que são implementadas: “Blocos de Construção de Soluções (SBB-Solution Building Blocks) […] podem ser comprados ou desenvolvidos” (TOGAF 9.1, seção 37.2.4). Eles são relacionados a produtos ou fornecedores, por exemplo, “ERP SAP” ou “Servidor Windows”, como um tipo de produto que pode ser comprado ou desenvolvido.

O retângulo laranja do Continuum da Arquitetura reflete os blocos de construção da arquitetura. “Blocos de Construção da Arquitetura (ABB-Architecture Building Blocks) capturam os requisitos da arquitetura e direcionam e orientam o desenvolvimento dos SBBs. Eles consistem de, e descrevem, as funcionalidades fundamentais” (TOGAF 9.1, seção 37.2.3). Você pode, também, chamá-los de componentes conceituais ou lógicos, por exemplo, “Planejamento de Recursos Corporativos (ERP-Enterprise Resource Planning)” ou “Sistema Operacional”.

Em resumo:

  • Blocos de Construção da Arquitetura são descrições funcionais (por exemplo, ERP, SO)
  • Blocos de Construção de Soluções são tipos de produtos (por exemplo, SAP ERP, Windows Server, software desenvolvido internamente)
  • Soluções Implementadas são instâncias implementadas dos produtos (por exemplo, SAP ERP P123)

Agora, você pode classificar suas descrições da arquitetura de acordo com estes três grupos. Se você atualmente só está gerenciando as soluções implementadas através de um CMDB, podem existir mais descrições de tipos diferentes que possam ajudá-lo a arquitetar o futuro de sua empresa!

Mais sobre a classificação de descrições da arquitetura

Além destes três grupos, o Continuum Corporativo fornece um espectro para os blocos de construção da arquitetura e das soluções, para classificar a descrição da arquitetura e responder “Quão específica da minha organização é esta descrição da arquitetura?” Esta informação vai ajudar a completar a discussão sobre a classificação de descrições da arquitetura, na próxima postagem.

* Bernd Ihnen é Consultor e Instrutor da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

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