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Expressando o Modelo de Referência para a Indústria Bancária do BIAN na Linguagem de Modelagem ArchiMate

Postado em 27 de jul. de 2022 por Antonio Plais

Originalmente postado por Marc Lankhorst*, no blog da Bizzdesign – Adaptação e tradução autorizadas

O Banking Industry Architecture Network (BIAN) vem publicando regularmente novas versões do seu modelo de referência para a indústria financeira. A versão atual do Service Landscape é a versão 10, que pode ser consultada diretamente no site do BIAN. Ele fornece um modelo completo das capacidades de negócio, cenários de negócio, domínios de serviço e objetos de negócio usados na indústria bancária e outros serviços financeiros.

É bastante lógico que um modelo de referência padrão como esse seja também ele expresso por meio de uma notação padrão, para fomentar a sua adoção, e o BIAN reconheceu esta necessidade. Desde a versão 8 o seu modelo de referência tem sido expressado por meio da linguagem de modelagem ArchiMate 3. O núcleo do modelo de referência do BIAN é o seu Panorama de Serviços (Service Landscape). Ele consiste de blocos de construção discretos e não sobrepostos de capacidades de negócio que trocam serviços. Estes blocos de construção são chamados domínios de serviço, e são representados no ArchiMate usando o conceito de Capacidade. As interações entre os domínios de serviço realizam as atividades que fazem de um banco um banco. Em cima deste Panorama de Serviços fica o Panorama de Capacidades, cujo nível superior á mostrado abaixo. Como você pode ver, ele também usa o conceito de capacidade do ArchiMate.

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Panorama  de Capacidades do BIAN

O Panorama de Capacidades em si é uma estrutura profunda de áreas de negócio (modeladas como Agrupamentos no ArchiMate), consistindo de domínios de negócio que, por sua vez, contém serviços de domínio, ambos modelados como capacidades. A estrutura que organiza estes elementos no formato de uma cadeia de valor é mostrada abaixo. Como você pode ver, uma única figura não faz justiça a ele (e você precisaria de um monitor bem maior para visualizar o todo), de forma que é melhor você explorar a estrutura completa (e mais recente) através do link acima.

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Panorama de Serviços BIAN 8.0 como uma Cadeia de Valor

Expressar o modelo BIAN no ArchiMate tem sido um esforço conjunto levado a cabo pelo BIAN e pelo The Open Group, o responsável pela administração do padrão ArchiMate. Os detalhes completos sobre este mapeamento pode ser encontrado no documento ArchiMate® Modeling Notation for the Financial Industry Reference Model: Banking Industry Architecture Network (BIAN), publicado pelo The Open Group (em Português).

Para explorar o uso do BIAN no ArchiMate, o The Open Group publicou um estudo de caso em coautoria com um dos autores desta postagem (Patrick), que usa o fictício mas realista Grupo Bancário Archi como um exemplo. Nesta postagem, gostaríamos de dar a você uma pequena impressão sobre do que se trata, selecionando algumas das suas melhores partes. Para conhecer o estudo de caso completo, acesse o documento na biblioteca do The Open Group (em Português).

O Grupo Bancário Archi é o resultado da aquisição de vários bancos em diferentes países, como acontece com a maioria dos bancos internacionais atualmente. Isso trouxe os desafios típicos de integração e controle de custos. Em especial, sua informação fragmentada está se tornando um risco de conformidade, e os desafios do “open banking” são difíceis de serem enfrentados. Uma avaliação de alto nível da situação, usando os conceitos de Motivação e Curso de Ação do ArchiMate para expressar como o Banco pretende lidar com os requisitos de reporte eletrônico para as autoridades reguladoras.

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Avaliação dos Motivadores da Diretoria do Grupo Bancário Archi e das Autoridades Reguladoras

Como mostrado acima, integração é uma preocupação importante para o Grupo Bancário Archi, em particular no domínio de Pagamentos. A elegibilidade para integração de domínios de serviço específicos é analisada por meio da observação das funções de aplicativo que suportam estes domínios. Isso é mostrado por maio de cores na visão abaixo, que também mostra como estes domínios de serviço se relacionam com os princípios, metas e o motivador principal da Lucratividade, também central na figura anterior.

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Elegibilidade para Integração dos Domínios de Serviço

Indo um pouco mais longe na implementação, soluções candidatas são mapeadas para os domínios de serviço. Os concorrentes internos são mostrados abaixo:

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Alternativas de Suporte para Pagamentos com Soluções Internas

Além de avaliar essas soluções internas, o Grupo Bancário Archi publica uma RFP para fornecedores de serviço. A clareza para estes competidores externos é criada por meio do uso do Vocabulário Comum e do Modelo de Referência do BIAN, e da expressão dos diagramas de arquitetura usando a linguagem ArchiMate. Expressar todas as alternativas da mesma maneira permite realizar uma comparação justa para o seu suporte para os principais requisitos do Banco Archi, tais como Processamento Direto (Straight Through Processing-STP), conformidade flexível, funcionalidade, interoperabilidade, posição instantânea do cliente e, naturalmente, o custo.

O estudo de caso continua a partir daqui, mostrando em muito mais detalhes como a solução (adaptar um dos sistemas internos) é selecionada, com escolhas tecnológicas tais como o uso de um sistema de gerenciamento de regras para realizar o tratamento automatizado de exceções e o gerenciamento de regras de conformidade, para poder suportar os serviços STP. Uma das muitas visões disso é mostrada abaixo, mostrando os principais aplicativos envolvidos em Pagamentos e os processos de negócio que eles suportam.

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Uso de Aplicativos em Pagamentos

O estudo de caso vai adiante até a infraestrutura necessária para suportar estes aplicativos. Ele também discute o uso da camada de API alinhada com a iniciativa de API do BIAN, e o alinhamento dos serviços de Pagamento com o padrão ISO 20022, um dos outros padrões fundacionais que suporta a arquitetura de referência do BIAN.

Mais ainda, ele descreve como a implementação é planejada e executada por meio de várias fases de transição, englobando todas as coisas, desde mudanças organizacionais e nos processos de negócio até a implementação técnica. Todas estes passos são organizados de acordo com as fases do Método de Desenvolvimento da Arquitetura (ADM-Architecture Development Method) do TOGAF,

Esta postagem é muito curta para cobrir tudo o que é oferecido pelo padrão BIAN e o estudo de caso de exemplo, mas esperamos que ele tenha proporcionado uma amostra tentadora para que você explore o framework BIAN com mais profundidade. Se você quiser saber mais, não hesite em nos procurar.

* Mark Lankhorst é Gerente de Consultoria & Evangelista-Chefe de Tecnologia da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.
Patrick Derde é Arquiteto-Chefe do Bank Industry Architecture Network (BIAN)®

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