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Lean e Arquitetura Corporativa: Os Sete Desperdícios Mortais nas Arquiteturas Corporativas

Postado em 8 de out. de 2018 por Antonio Plais

Originalmente postado por Marc Lankhorst e Peter Matthijssen*, no blog da BiZZdesign – Tradução autorizada

Na postagem anterior, falamos sobre como a filosofia Lean e a Arquitetura Corporativa podem se ajudar para atingir o objetivo de melhorar o desempenho das organizações. Nesta postagem, aprenderemos a identificar os desperdícios mais comuns encontrados as arquiteturas corporativas.

No Gerenciamento Lean, muito tempo é gasto encontrando e eliminando desperdícios. Nossos processos e organizações são cheios de desperdícios. Na filosofia Lean, estes desperdícios não deveriam ser tratados como ‘problemas’, mas como oportunidades de melhoria.

Os sete desperdícios mortais no Lean são:

  1. Transporte: mover coisas ao redor;
  2. Inventário: estoque de materiais e produtos;
  3. Movimento: pessoas se movendo;
  4. Espera: pessoas esperando;
  5. Sobre-processamento: produzir mais qualidade ou funcionalidade do que o cliente deseja;
  6. Sobre-produção: produzir uma quantidade maior do que o cliente precisa;
  7. Defeitos: Falhas nos processos e produtos, levando ao retrabalho e ao desperdício;

Nós encontramos estes desperdícios em todas as organizações, mesmo nas organizações Lean de ‘classe mundial’. As organizações Lean trabalham continuamente no tratamento de desperdícios e na mudança para o melhor (Kaizen). A maioria destas melhorias são pequenas; são as muitas pequenas melhorias que, juntas, levam à melhoria estratégica. Por exemplo: uma unidade de produção típica da Toyota ainda implementa mais de 100.000 melhorias por ano!

Agora, vamos discutir os desperdícios a partir da perspectiva da Arquitetura Corporativa. A Arquitetura Corporativa nos dá percepções poderosas sobre o negócio, a TI e a infraestrutura. Quais os tipos de desperdício que nós tipicamente encontramos nestas áreas?

Os sete maiores desperdícios nas arquiteturas corporativas:

  1. Transporte: Transporte desnecessário de informação. Ao invés de fornecer a informação sob demanda ou usar um modelo de publicação-subscrição, onde somente as partes interessadas recebem os dados pertinentes, muitos sistemas de informação simplesmente postam ou disseminam tudo o que eles pensam que poderia ser útil para alguém.
  2. Trabalho manual desnecessário: Trabalho que tem que ser feito por pessoas porque os aplicativos não são interconectados. Um exemplo vem de um de nossos clientes, uma seguradora, que construiu um aplicativo de formulário de sinistro online: eles precisam imprimir, digitalizar e fazer o reconhecimento (OCR) dos formulários, porque o sistema de retaguarda foi construído para receber apenas formulários em papel e não foi possível fazer uma conexão direta com o novo aplicativo online (veja a figura).

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Figura 1. Arquitetura ineficiente: trabalho manual desnecessário

  1. Dados duplicados: Dados que são armazenados em vários lugares, levando a desperdício de infraestrutura, risco de inconsistência e dificuldade de pesquisa.
  2. Conhecimento sobre os dados subutilizado: Os dados são cheios de informação, que não é usada porque não sabemos o que os dados significam. Ou pior, nós nem mesmo sabemos que dados temos disponíveis.
  3. Funcionalidades desnecessárias: Soluções e funcionalidades “douradas” que não são usadas na prática. Apenas dê uma olhada nos menus e barras de comandos do seu aplicativo de planilha ou edição de texto.
  4. Verificações desnecessárias: Múltiplas verificações de dados e processos, objetivando a mesma coisa. Com frequência, os aplicativos de linha de frente fazem a validação dos dados de entrada, mas os aplicativos de retaguarda não confiam nos aplicativos de linha de frente e refazem todas as validações novamente.
  5. Complexidade: Este é o nosso desperdício favorito! Existe tanta complexidade nos nossos processos e nas nossas organizações. Naturalmente, a Arquitetura Corporativa tem tudo a ver com lidar com esta complexidade mas, na nossa opinião, a Arquitetura Corporativa deveria ter a ver também com reduzir a complexidade. Soluções simples dão oportunidade para movimentos ágeis, uma capacidade crucial para as organizações nos dias de hoje!

Se você aprender a ver os desperdícios, você os reconhecerá todos os dias. E isso é uma boa notícia! Identificar, visualizar e lidar com os desperdícios permite que você trabalhe na melhoria contínua. Se você é um arquiteto isto deveria, na nossa opinião, ser parte do seu trabalho.

Na próxima postagem nesta série: Os Sete Desperdícios Mortais dos Arquitetos Corporativos

* Mark Lankhorst é Gerente de Consultoria & Evangelista-Chefe de Tecnologia, e Peter Matthijssen é Diretor de Tecnologia, da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

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