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Migração para a Nuvem com a Ajuda da Arquitetura Corporativa

Postado em 19 de jan, de 2022 por Antonio Plais

Originalmente postado por Razvan Mitache*, no blog da BiZZdesign – Tradução autorizada

Muitas organizações têm migrado sua infraestrutura de TI (bancos de dados, sistemas de retaguarda, aplicativos web etc.) para a nuvem nos últimos anos. Muitas mais ainda não fizeram isso, seja porque elas estão lidando com requisitos regulatórios específicos da indústria ou, mais provável, por causa da disrupção que esta mudança causaria nas suas operações. Em qualquer caso, os benefícios da migração para a nuvem já são bem conhecidos agora, então nós não vamos perder tempo falando sobre isso.

Mais importante, e onde queremos focar nesta postagem, é a segurança e eficiência adicionais que a arquitetura corporativa pode trazer para a uma iniciativa de migração para a nuvem. Como a Arquitetura Corporativa pode mudar o que é percebido como uma manobra arriscada e delicada em uma iniciativa bem organizada e transparente. Desta forma, esta postagem é direcionada para organizações que ainda estão rodando sua infraestrutura interna de TI  e estão temerosas de abandoná-la em favor da migração para a nuvem.

Como a Arquitetura Corporativa Ajuda a Mover sua Infraestrutura para a Nuvem

Para ser bem-sucedida, uma migração para a nuvem requer planejamento meticuloso. Todos os aspectos da empresa precisam ser examinados e compreendidos no contexto mais amplo da organização antes que qualquer mudança seja feita. Isso é fundamental porque os níveis de serviço, de segurança e a continuidade dos negócios são elementos importantes que você precisa proteger todo o tempo. Então, sem mais demora, aqui está como a Arquitetura Corporativa ajuda em iniciativas de migração para a nuvem, dividido em etapas.

1. Avaliar a Prontidão para a Nuvem

Mover a infraestrutura para a nuvem tem se mostrado, na média, uma ação com impactos positivos no negócio. Mesmo assim, nem todas as organizações foram criadas iguais. Elas existem em um continuum que inclui desde empresas muito tradicionais em um extremo até empresas completamente digitais no outro. Descobrir onde a sua organização se situa é importante para o sucesso do projeto. Nesta etapa inicial a Arquitetura Corporativa ajuda a:

  • Criar uma arquitetura alvo em nuvem completamente funcional e eficiente (incluindo todos os estados intermediários necessários) que leve em conta a nível de maturidade em nuvem da organização. Desenvolver um plano coerente e baseado em modelo para transicionar dos sistemas existentes para um estado futuro focado na nuvem é inestimável. Uma vez que as tecnologias de nuvem precipitam um declínio no numero de componentes tanto de hardware como de software, ela produz uma mudança em como a pilha de tecnologia funciona e em como ela é mantida. Ela também dispara mudanças adicionais no lado da organização – que novos papéis são necessários, como eles interagem com outros papéis, ou se papéis se tornam redundantes ou desnecessários. Ao final, você precisa desenvolver uma nova figura sobre como pessoas, processos, tecnologia e capacidades funcionam no novo paradigma da nuvem. Que melhor maneira de manter todos informados, engajados e se sentindo no controle da mudança do que fornecendo para eles entregáveis claros de arquitetura corporativa que explicam como as coisas evoluirão adiante? Arquitetos corporativos têm a oportunidade de entregar um imenso valor para uma ampla gama de partes interessadas.

2. Identificar Requisitos para a Migração para a Nuvem

Cada empresa é única, o que significa que elas possuem diferentes requisitos para mover suas implementações de TI, embora existam muitas similaridades nos benefícios que a nuvem pode trazer (e.g. redução de custos, atualização permanente de software e hardware etc.). Neste estágio a arquitetura corporativa ajuda as organizações fornecendo um entendimento de quais elementos do panorama de TI são candidatos para serem migrados. Adicionalmente, ela responde questões cruciais sobre a natureza interlaçada que existem atualmente entre eles. Assim sendo, a Arquitetura Corporativa ajuda a:

  • Avaliar a criticidade dos elementos a serem migrados, o que pode ser definido pela equipe de Arquitetura Corporativa em colaboração com as partes interessadas relevantes. Por exemplo, isso pode ser baseado tanto nos outros componentes de TI com os quais aquele elemento se conecta, como nos serviços de negócio que ele ajuda a executar ou os segmentos da base de usuários que ele serve, entre outras métricas.
  • Realçar as interdependências entre os vários elementos da pilha de tecnologia. Digamos, por exemplo, que você deseja migrar um certo aplicativo para a nuvem. Existem questões que precisam ser respondidas a respeito da mudança – como, e em que extensão, os clientes serão afetados por esta mudança? quais outros aplicativos são dependentes do aplicativo sendo migrado? A integração entre aplicativos internos (on-premise) e na nuvem, ou entre aplicativos em nuvens diferentes, não é uma tarefa simples e direta, por várias razões, indo desde problemas tecnológicos até questões legais e regulatórias.
  • Identificar limitações regulatórias e de conformidade. Por exemplo, em que País os dados serão armazenados? Quão seguros são os canais por onde dados possivelmente sensíveis trafegarão?

Os benefícios neste ponto incluem um entendimento claro dos melhores candidatos para migração, e uma boa ideia sobre os níveis de disponibilidade e custos desejados. A arquitetura facilitará tudo isso, desde que a organização, os processos e as plataformas apropriadas de arquitetura corporativa estejam disponíveis.

3. Identificar O Melhor Modelo de Serviços de Nuvem

Uma vez que a organização tenha descoberto as suas necessidades ela pode ir em frente para decidir o modelo de serviço de nuvem que melhor se ajusta a ela. Isso resultará em uma escolha entre SaaS, PaaS ou IaaS (e suas variações) e entre serviços de nuvem única ou múltipla. Neste ponto a arquitetura corporativa é novamente útil porque ela permite que a organização:

  • Avalie a adequação de reimplementar a configuração de TI existente internamente ‘como está’ na nuvem. Por meio da comparação entre o seu panorama de TI e as ofertas em nuvem disponíveis a empresa pode entender se uma mudança direta é uma opção ou se será necessário revisar o código rodando nos seus sistemas para torná-lo compatível com as especificações do provedor de serviços de nevem.
  • Identifique o modelo de serviço de nuvem ótimo por meio da análise de qualquer perda de funcionalidade devido a diferenças inerentes entre a infraestrutura do provedor de nuvem e a sua. Por exemplo, se você optar por um modelo completamente SaaS você também perderá alguma parte da configurabilidade do aplicativo, uma vez que receberá uma oferta mais ou menos padronizada. Desta forma, não é apenas uma questão a respeito da infraestrutura, mas também sobre os aplicativos que rodam nela. Além disso, pense em problemas de desempenho. Por exemplo, se o seu aplicativo precisa de uma latência extremamente baixa, ela poderia não ser adequada para migração para a nuvem. Em qualquer caso, análises de impacto conduzidas nesta área elicitarão percepções valiosas em relação às opções disponíveis, e ajudarão os executivos a tomar a decisão correta entre as várias opções de implementação. Isso também é útil para desenvolver novos processos de gerenciamento de aplicativos, o que será necessário se a empresa passará a rodar seus sistemas na nuvem.

Conclusão

Para terminar, se a sua organização está considerando uma migração para a nuvem então você deveria alavancar a arquitetura corporativa para trazer clareza e estrutura para este empreendimento. Ao tirar vantagem dos entregáveis de Arquitetura Corporativa, as partes interessadas executivas responsáveis pela iniciativa com certeza melhorarão a sua tomada de decisão e assim economizarão tempo, dinheiro e recursos significativos para a empresa enquanto ela realiza este importante processo.

Já que estamos falando de implementação de plataformas na nuvem, dê uma olhada na solução de gerenciamento de mudanças e desenho de negócios da Bizzdesign. Você também pode solicitar uma demonstração ou entrar em contato conosco para saber mais sobre o Horizzon.

* Razvan Mitache é Consultor da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

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