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Os Papéis dos Arquitetos Corporativos na Inovação – Coordenar a Inovação

Postado em 16 de ago. de 2020 por Antonio Plais

Originalmente postado por Marc Lankhorst e Matthijs Scholten*, no blog da BiZZdesign – Tradução e adaptação autorizados

Nessa série de postagens nós queremos explorar os diferentes papéis que os arquitetos corporativos podem desempenhar na inovação em suas organizações. Na primeira postagem nós identificamos três papéis principais para os arquitetos na inovação:

  • Arquitetar a inovação: arquitetos podem criar espaço para a inovação por meio da redução da complexidade organizacional e facilitação da mudança
  • Coordenar a inovação: arquitetos podem melhorar a coordenação e a priorização dos investimentos na inovação
  • Iniciar a inovação: arquitetos corporativos podem desempenhar um papel principal na conexão entre as tendências externas de negócio e de TI com as estruturas internas na organização

Nesta postagem, continuaremos com o segundo papel principal: coordenar a inovação.

Da Procura para a Escala: Coordenando a Inovação

O tempo de vida das grandes empresas de hoje continua a diminuir. Como resultado, grandes organizações – tanto públicas como privadas – gastam milhões anualmente em inovação, para se tornarem ‘invencíveis’. Inúmeras sessões de brainstorming, hackathons, shark tanks, e enormes investimentos de capital em incubadoras e start-ups ainda são a tônica na procura permanente pela ‘próxima grande coisa’.

Tomar melhores decisões de inovação

Dados recentes sugerem que quando os investimentos em novos negócios, apenas 4% dos investimentos geram um Retorno sobre o Investimento de 10x ou maiores múltiplos.Isso significa que para grandes organizações, a inovação se torna um jogo de volume. Enquanto um enorme esforço e criatividade é colocado na ideação (geração e coleta de ideias inovadoras), nós acreditamos que coordenar o ciclo de vida de uma ideia inovadora é uma parte igualmente indispensável do desafio da inovação que as organizações estão enfrentando.

Técnicas de design thinking têm se provado muito valiosas quando queremos aumentar as chances de sucesso da inovação. Trazer novos produtos e serviços bem-sucedidos para o mercado requer que as organizações invistam na testagem da desejabilidade (os clientes querem isso?), viabilidade técnica (nós podemos construir isso?) e viabilidade econômica (isso tem sentido financeiro?) das novas ideias. No entanto, apesar do seu grande potencial, muitas ideias inovadoras nunca realizam o retorno esperado para o investimento. Por que?

Quando concerne a organizações existentes (ou seja, excluindo as start-ups), nós acreditamos que escalar as inovações é um desafio assombrador neste Século 21. Estratégias de negócio, produtos e serviços, tecnologias digitais, bem como estruturas organizacionais fluidas e em rede, se tornaram ecossistemas avançados que não são sempre fáceis de mudar. Na nossa primeira postagem sobre arquitetar para a inovação, nós mencionamos a importância da formatação de um espaço para a inovação.

Além disso, nós recomendamos que nossos clientes pensem sobre três áreas de melhoria práticas quando objetivando atingir uma prática de inovação (mais) bem-sucedida, resultando em inovações de negócio implementadas com mais sucesso. Em todas estas áreas, arquitetos estão em uma posição única para adicionar valor de negócio, com o seu conhecimento da estratégia da organização e de sua (complexa) estrutura, aumentando o retorno sobre o investimento de muitos esforços de inovação.

1. Relacionar as atividades de inovação com a sua estratégia de negócio

Tenha a certeza de que a sua organização não investe em ideias sem teto. Pontue ativamente as ideias e os projetos de inovação (que muitas vezes vivem em funis de inovação gerenciados pelas equipes de inovação) com base na sua estratégia de negócio. Seguindo o conselho atemporal de Mintzberg e Waters, nós aconselhamos nossos clientes a combinar mudanças estratégicas deliberadas (com uma abordagem de cima para baixo para garantir o valor estratégico e visualizar além da curva) com mudanças estratégicas emergentes (com uma abordagem de baixo para cima para coletar ideias dos colaboradores). Criar Portfólios de Ideias Estratégicas junto com as equipes de inovação com base nas metas estratégicas pode ser um grande início.

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2. Conectar as atividades de inovação com a organização existente

Use Mapas de Capacidade de Negócio que são relacionados com as ideias de inovação capturadas nos seus portfólios (ou bibliotecas) de inovação. Trabalhe com os donos destas ideias para construir uma visão de negócio das inovações propostas. Isso permitirá a criação de percepções da inovação no nível do negócio, por exemplo, mapeando as metas estratégias da organização nas capacidades de negócio e comparar isso contra o número de ideias para aquele domínio específico de negócio. Outro efeito de fazer isso é que isso colocará os arquitetos (e também os consultores internos de estratégia/gerenciamento) em posição de aconselhar sobre as estruturas da organização adequadas para fazer o novo empreendimento funcionar, uma vez que muitas organizações grandes simplesmente não estão conectadas para escalar a inovação e criar crescimento explosivo.

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3. Tomar decisões de inovação com base no risco e no esforço para a inovação

Digamos que uma linha de negócio na sua organização está trabalhando em um grande projeto de inovação que trará um novo produto para o mercado. O resultado dos primeiros testes mostram que essa é uma ideia promissora, uma vez que o retorno dos clientes é muito positivo. Para testar a viabilidade técnica (nós conseguimos construir isso?), os arquitetos podem estimar a complexidade que vem junto com esta iniciativa. Isto resulta em uma Análise de Portfólio de Inovação, indicando para cada esforço de inovação a desejabilidade e a viabilidade (estimadas) atuais, combinadas com uma ideia do esforço (isso é, tempo e custo do projeto) necessário para implementar a inovação. Isso fornecerá para os tomadores de decisão nos processos de inovação (ou seja, CxOs, Líderes de Inovação, Gerentes de Portfólio) um perfil claro de risco para cada esforço de inovação em andamento para decidir quando começar, parar ou continuar cada iniciativa.

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Inovar a Inovação: É a Vez dos Arquitetos!

Quando bem-sucedidos, os arquitetos podem fornecer para os executivos, líderes de inovação e equipes de inovação percepções inteligentes que suportam melhores decisões sobre a inovação. Nós acreditamos que existe uma oportunidade para os arquitetos inovarem a inovação.

Na terceira e última postagem dessa série olharemos para o terceiro papel dos arquitetos na inovação: iniciação. Fique ligado!

* Mark Lankhorst é Gerente de Consultoria & Evangelista-Chefe de Tecnologia, e Matthijs Scholten é consultor, na Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

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