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Os Papéis dos Arquitetos Corporativos na Inovação – Iniciar a Inovação

Postado em 18 de ago. de 2020 por Antonio Plais

Originalmente postado por Marc Lankhorst e Matthijs Scholten*, no blog da BiZZdesign – Tradução e adaptação autorizados

Nas nossas postagens anteriores (Parte 1 e Parte 2), nós introduzimos os três papéis dos arquitetos na inovação:

  1. Arquitetar a inovação: arquitetos podem criar espaço para a inovação por meio da redução da complexidade organizacional e facilitação da mudança
  2. Coordenar a inovação: arquitetos podem melhorar a coordenação e a priorização dos investimentos na inovação
  3. Iniciar a inovação: arquitetos corporativos podem desempenhar um papel principal na conexão entre as tendências externas de negócio e de TI com as estruturas e atividades internas na organização

Nós já discutimos os dois primeiros papéis anteriormente, e focaremos aqui no terceiro papel: iniciar a inovação.

Como dissemos nas postagens anteriores, nos acreditamos que os arquitetos podem fornecer para os executivos, líderes de inovação, e equipes de inovação, percepções inteligentes que suportam melhores decisões de inovação. Nós cremos que existe uma oportunidade para os arquitetos inovarem a inovação, por assim dizer.

Iniciar a Inovação

(Equipes de) arquitetos têm um conhecimento de negócio e de TI bastante exclusivo e profundo, e com sua perspectiva ampla e ‘horizontal’ podem identificar as oportunidades e o impacto das tendências onde outros focam mais nos detalhes profundos, mas também mais estreitos. Na nossa primeira postagem, argumentamos que os arquitetos podem ajudar suas empresas a se tornarem mais inovadoras, moldando o espaço para inovação, identificando tendências e analisando suas oportunidades e impactos. Na segunda postagem, discutimos o papel dos arquitetos na garantia de uma abordagem coordenada para a inovação, focada no valor potencial de negócio da inovação. Em conjunto, isso dá para você espaço para a inovação e controle sobre ela.

Lute contra a “síndrome do objeto brilhante” e se torne um verdadeiro campeão da inovação

Em muitas organizações nós vemos as pessoas correrem atrás do último brinquedo brilhante. Você sabe como é isso: algum gerente diz: “IoT é quente, precisamos fazer alguma coisa com isso” e as pessoas começam a correr como loucas. O impacto real nos negócios, no entanto, requer percepções profundas não somente sobre a inovação (muitas vezes, tecnológica) em si mas, antes de tudo, nos seus benefícios (e riscos!) potenciais para o negócio. Isso requer uma combinação de conhecimento tanto dos negócios da empresa como da TI, algo que os arquitetos estão posicionados de forma única para oferecer.

O próximo passo é se engajar proativamente com a alta gerência para iniciar a inovação com base nessas percepções e destravar o verdadeiro valor destas inovações. Desta forma, os arquitetos se tornam verdadeiros conselheiros confiáveis da gerência na inovação.

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Acione as inovações certas no momento certo

Na nossa postagem anterior, nós mostramos como você pode gerenciar um portfólio de inovações com base em aspectos como viabilidade, desejabilidade, adequação estratégica e adaptabilidade, usando análises baseadas em arquitetura para pontuar ideias ao longo destes eixos. Você precisa de um portfólio equilibrado de inovações de baixo risco, baixo retorno, e de alto risco, alto retorno: ajustar os processos existentes apenas mais um pouco para espremer a última gota de eficiência não é suficiente, mas tentar mirar exclusivamente em tiros longos e ignorar as melhorias do dia a dia também não é uma boa ideia. Com base nas avaliações que mencionamos, os arquitetos podem acionar as inovações certas no momento certo. Com sua ampla visão geral dos desenvolvimentos existentes e planejados na organização, eles podem iniciar inovações que se ajustam ao contexto de negócio e são oportunas, por exemplo, para se associar a outras mudanças ou aproveitar as oportunidades de mercado de curto prazo.

Inovar a Própria Inovação

Finalmente, arquitetos podem desempenhar um papel fundamental na inovação dos processos de inovação nas organizações. A inovação e a mudança bem-sucedidas não são algo confinado a alguns departamentos de especialistas em uma torre de marfim. Em vez disso, elas requerem a colaboração entre muitos papéis dentro da empresa, envolvendo e convencendo todos os tipos de funcionários e outras partes interessadas, e reunindo fluxos de ideias de baixo para cima, de cima para baixo e laterais. Mais uma vez, os arquitetos, com seus amplos conhecimentos e contatos na organização, podem desempenhar um papel fundamental para facilitar isso.

Além disso, você não pode gerenciar a inovação usando apenas quadros brancos, notas adesivas e ‘bolachas’ de cerveja, especialmente em organizações maiores com entradas de vários ângulos e muitas partes móveis que precisam ser coordenadas. A inovação bem-sucedida requer o suporte correto: um espaço compartilhado para o gerenciamento da inovação. Isso não significa necessariamente uma única ferramenta ou plataforma, mas um conjunto bem integrado de instrumentos. Dessa forma, as contribuições dos indivíduos e equipes de toda a empresa, e também de fora, podem ser reunidas para reforçar uns aos outros.

Arquitetar um ambiente como esse é outra contribuição que os arquitetos têm a oferecer à organização. Nós, na Bizzdesign, também estamos no meio desse desenvolvimento com a nossa plataforma Horizzon, que se integra a todos os outros tipos de ambiente e pode ser o centro desse espaço de inovação.

* Mark Lankhorst é Gerente de Consultoria & Evangelista-Chefe de Tecnologia, e Matthijs Scholten é consultor, na Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

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