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Por que um CMDB não pode apoiar sua transformação digital?

Postado em 08 de jan. de 2022 por Antonio Plais

Originalmente postado por Razvan Mitache*, no blog da BiZZdesign – Tradução autorizada

“Eu preciso de uma ferramenta de Arquitetura Corporativa para entregar a transformação digital, ou eu posso me apoiar somente em um CMDB?”, ou colocando de outra forma, “Qual é a diferença entre uma ferramenta de Arquitetura Corporativa e um CMDB?, ou ainda “Por que comprar uma ferramenta de Arquitetura Corporativa se eu já tenho um CMDB?”.

Estas são algumas das questões com as quais nos defrontamos com frequência, as quais são ilustrativas do dilema ‘CMDB vs Ferramenta de Arquitetura Corporativa’. Então, nós pensamos que deveríamos compartilhar algumas opiniões sobre o tema. Como está aparente, existe uma premissa por trás desta questão da equivalência entre os dois tipos de software, mas essa é uma visão equivocada, como iremos demonstrar em seguida. Na realidade, uma ferramenta de arquitetura corporativa e um CMDB são duas coisas diferentes, com propósitos distintos, e uma jamais deveria ser usada para realizar o trabalho da outra. Vejamos o que isto significa.

O que é um CMDB?

Simplificadamente, um CMDB (Configuration Management Database) é um banco de dados sobre instalações de TI. Dentro de um CMDB uma organização armazena dados sobre os seus ativos de TI, bem como os relacionamentos entre eles. Em outras palavras, é um arquivo – pense como a informação estática (atualizada) sobre o seu panorama de ativos de tecnologia.

O que é uma ferramenta de Arquitetura Corporativa?

Uma ferramenta de Arquitetura Corporativa, ao contrário, é uma plataforma que oferece uma ampla gama de capacidades para suportar a transformação do negócio e da TI, incluindo transformar dados do CMDB em informações e visualizações amigáveis para o negócio para fomentar a tomada de decisões baseada em fatos. Seu foco principal é ligar a estratégia de TI com a estratégia de negócio e habilitar um roteiro para a mudança, o que significa que ele não está limitado apenas ao ‘estado atual’ da arquitetura, como um CMDB está. Uma ferramenta de Arquitetura Corporativa não é um armazém de dados, mas uma plataforma que ajuda a planejar, rastrear e gerenciar mudanças complexas do negócio.

Nesse sentido, ela é um componente de software ativo, usado para descrever e examinar o DNA da sua organização para identificar percepções e informações úteis. Usar uma plataforma como essa oferece a habilidade de apresentar vários pontos de vista sobre a arquitetura, incluindo modelos de capacidade, panoramas de aplicativos, visões de integração, modelos de processos, roteiros, matrizes, painéis de controle, bem como outras visualizações do estado da arquitetura.

Por que um CMDB não pode apoiar a transformação digital?

Uma ferramenta de gerenciamento da arquitetura corporativa robusta será capaz de lidar com todos os aspectos da empresa, não apenas a pilha atual de TI. Isso significa mapear a empresa de ponta a ponta, desde o nível estratégico mais alto até as operações e fluxos de dados, algo que não é o propósito de um CMDB. Para tornar isso ainda mais claro, aqui estão quatro razões pelas quais um CMDB não pode funcionar como uma ferramenta de transformação digital.

1 Falta de capacidades de análise

Um CMDB armazena dados. Ele não suporta ‘investigar’ estes dados por meio de análises sofisticadas. A única forma de um CMDB participar na transformação é agindo como fonte de dados para uma plataforma de Arquitetura Corporativa, a qual pode processar os dados na forma de entregáveis apropriados, isso é, específicos para o propósito desejado. Uma ferramenta de gerenciamento de Arquitetura Corporativa é mais complexa, uma vez que ela proporciona mais capacidades – colaboração, modelagem, análises, apresentação e interoperabilidade, entre outras.

2. Escopo estreito

CMDBs são focados puramente na TI, e como tal eles deixam uma enorme porção da empresa de fora. Como você levará adiante com sucesso mudanças de negócio importantes se você ignorará o lado estratégico das coisas? Suas capacidades de negócio e os seus processos, e como eles interagem como o seu panorama de aplicativos? Ou as pessoas que fazem tudo acontecer? A verdade é que você não pode ignorar estas coisas. A TI é apenas uma parte (importante) do panorama geral da organização, mas para garantir que ela entrega aquilo que dela se espera é necessário integrá-la corretamente com o resto da empresa. É aqui onde entra a arquitetura corporativa, e é por isso que você precisa de uma ferramenta dedicada.

3. Falta de modelagem corporativa

Da mesmo forma como você não pode realizar uma experiência sem evidências, você não pode gerenciar um programa de transformação sem o conteúdo real. Ter uma abordagem prática no momento de planejar a mudança é o porquê da modelagem ser uma atividade tão significativa durante qualquer iniciativa de mudança organizacional. Modelos constroem um entendimento compartilhado dos problemas e realçam os caminhos em direção às soluções. Você não consegue isso com um CMDB.

Na realidade, isso é ainda mais notável quando você considera que existem produtos no mercado que se definem como ‘ferramentas de Arquitetura Corporativa’, mas que são na realidade apenas ferramentas de gerenciamento de portfólios. Elas permitem que você crie alguns painéis de controle e gráficos a partir das entradas corretas, mas estão longe de oferecer a amplitude de uma verdadeira ferramenta de Arquitetura Corporativa, com a omissão importante da falta de um ambiente de modelagem. Desta forma, se você e a sua equipe estão à procura de uma plataforma de arquitetura corporativa, tenham a certeza de estar atentos a isso.

4. Falta de suporte para padrões abertos

A Arquitetura Corporativa é uma disciplina estabelecida de mudança de negócios (nós discutimos sobre isso anteriormente). Isso significa que uma organização procurando tirar proveito disso durante a sua própria transformação se beneficiará de um vasto repositório de experiências, práticas e frameworks que guiarão e suportarão os seus esforços. Uma boa plataforma de arquitetura aumentará as possibilidades de sucesso da sua organização fornecendo todos estes métodos e padrões estabelecidos. Um CMDB, no entanto, não apresenta nenhum destes benefícios. Mais ainda, existem muitas ferramentas de Arquitetura Corporativa atuais que não possuem um suporte adequado a padrões, o que deveria dar a você uma ideia de como uma ferramenta madura de Arquitetura Corporativa pode ser um acelerador para o seu projeto.

Conclusão

Então é isso! Uma plataforma de Arquitetura Corporativa é diferente de um CMDB. Cada um tem o seu propósito, e é por isso que imaginar que um pode fazer o trabalho do outro é totalmente incorreto. Iniciativas de transformação digital são projetos complexos e de larga escala, que requerem que as mudanças sejam planejadas e gerenciadas através de uma infinidade de frentes, não simplesmente no panorama de TI.

Mudanças envolvem estratégia, processos, pessoas, conformidade, segurança, o ecossistema de negócio mais amplo, todas coisas que estão fora do escopo de um CMDB. Para garantir o sucesso de uma iniciativa de transformação as organizações precisam de uma plataforma de Arquitetura Corporativa que atue como uma fundação sólida para a mudança. Nós estamos confiantes que esta fundação é o Bizzdesign Horizzon, que tem sido consistentemente indicado como líder no Quadrante Mágico do Gartner para Ferramentas de Arquitetura Corporativa.

* Razvan Mitache é Consultor da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

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