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Quem precisa de arquitetos se tudo está indo para a nuvem?

Postado em 28 de abr. de 2020 por Antonio Plais

Originalmente postado por Remco Blom* no blog da BiZZdesign. Tradução, adaptação e reprodução autorizados.

A corrida em direção à computação em nuvem fez com que as expectativas se elevassem. Qual é o papel do Departamento de TI, como um todo, nesse novo ambiente? E qual é o papel de um arquiteto em particular? Nesta postagem, nos apresentamos algumas ideias a respeito baseadas nas nossas experiências em clientes ao redor do mundo.

A Arquitetura continua relevante

Existem várias razões para que a arquitetura continue sendo relevante neste novo mundo, onde boa parte das funcionalidades que suportam o negócio serão deslocadas para a nuvem.

  1. Não existe uma solução em nuvem que resolva todos os nossos problemas. Muitas funcionalidades que são específicas da nossa empresa não estão disponíveis na nuvem, e terão que ser desenvolvidas internamente.
  2. Mudanças nos negócios sempre terão impacto nos processos, fluxos de informação e necessidades de informação. Alguém tem que analisar o impacto e guiar as mudanças.
  3. A organização continuará responsabilizável pelos produtos e serviços que ela oferece para os seus clientes Desta forma, a arquitetura do negócio continuará mantendo a sua relevância. Mesmo que você, eventualmente, terceirize tudo, a manutenção da qualidade e da coesão dos serviços terceirizados será um tópico onde os arquitetos têm uma grande contribuição a oferecer
  4. Sua organização continuará dependendo de alguma infraestrutura interna. Conectividade e estações de trabalho são o mínimo que todas as empresas precisarão manter no futuro.

Assim sendo, nós esperamos que a arquitetura continuará sendo uma disciplina relevante… mas, com certeza, ela mudará!

Diferentes tipos de arquitetos

Nós prevemos que três tipos de arquiteto terão um lugar garantido em um mundo onde a computação na nuvem será uma commodity.

Primeiro, arquitetos orientados para construção. Estes “super-desenhistas” entendem os sistemas no seu contexto e sabem como os aplicativos são interdependentes com a tecnologia. Esses arquitetos provavelmente serão menos empregados em organizações finais do que acontece hoje, e mais em fornecedores de tecnologia (de nuvem).

Segundo, arquitetos orientados para integração. Estes serão empregados por integradores de sistemas e grandes organizações usuárias. A integração de todas as soluções _aaS (PaaS, SaaS, CaaS etc.) selecionadas e em uso na organização será uma atividade importante. Segurança, continuidade do negócio e gerenciamento de dados (e.g. reporte) através de toda a cadeia de serviços conectados se tornará um desafio cada vez maior em um mundo “na nuvem”.

E terceiro, arquitetos orientados para o negócio. Eles terão um papel ainda mais proeminente para definir as necessidades do negócio e traduzir as possibilidades que os novos aplicativos trazem para o negócio. Entender o modelo de negócio, as metas do negócio e os processos de negócio serão os desafios principais destes arquitetos de negócio, empregados principalmente nas organizações usuárias.

E você, o que acha? Quais são os aspectos que você acha relevantes para os arquitetos no novo mundo em nuvem? Quais as competências e responsabilidades que eles terão e que terão impacto significativo na sua forma de trabalho? Como “vender” o valor da arquitetura em um ambiente multifacetado e desintegrado, quando a organização precisa manter o controle sobre a coerência a a consistência dos serviços e informações que ela fornece e usa?

 

*Remco Blom é consultor sênior e especialista em melhoria de processos e segurança da informação na Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

 

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