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Quando “Orientação para Dados” não é suficiente

Postado em 17 de dez. de 2021 por Antonio Plais

Originalmente postado por Nick Reed*, no blog da BiZZdesign – Adaptação e tradução autorizadas

Um amigo arquiteto corporativo apresentou recentemente uma questão interessante: “Eu lidero uma prática de arquitetura corporativa relativamente madura, que entrega um bom valor para a nossa organização. Nós estamos transformando digitalmente a organização e estamos adotando práticas ágeis de trabalhar por toda a empresa, o que está melhorando os resultados das nossas iniciativas de mudança. Mas eu estou preocupado com o fato de que estes esforços são muitas vezes desperdiçados com a entrega de capacidades que os gerentes nos dizem ser importantes, ao invés daquelas que realmente podem virar o jogo. Como eu posso enfrentar isso e ajudar a liderar para os resultados estratégicos corretos?”

Esta é uma questão que muitos arquitetos corporativos enfrentam no seu dia-a-dia. Ela vai além da típica e bem estabelecida prática de arquitetura corporativa para uma análise estratégica mais orientada para o negócio dos aspectos fundamentais da empresa, para entender quais capacidades são verdadeiramente estratégicas. Para lidar com essa questão vamos abordá-la passo a passo.

Quando orientação para dados não é suficiente

O objetivo dos arquitetos corporativos é ajudar as suas empresas a tomar decisões melhores sobre como e o que transformar, com base em análises multidimensionais de fatores como metas e estratégia do negócio, capacidades do negócio, processos, dados, sistemas e infraestrutura de TI. Entendendo os relacionamentos e as dependências entre estas dimensões, os arquitetos corporativos oferecem orientação para os executivos sobre os melhores cursos de ação para alcançar a estrega rápida dos resultados de negócio desejados, com menos desperdício e menor risco. Nós descrevemos isso como gerenciamento da arquitetura corporativa. Em outras palavras, isso envolve manter uma arquitetura corporativa atualizada e precisa com escopo “apenas suficiente” para entregar as analises valiosas que orientam melhores resultados de negócio.

Esta arquitetura corporativa usa dados – na forma de um modelo digital da empresa – para habilitar análises avançadas que forneçam percepções profundas sobre a empresa, para suportar uma melhor tomada de decisões. Nós chamamos este modelo orientado para dados de Gêmeo Digital da Empresa.

Esta arquitetura orientada para dados permite que as partes interessadas entendam o estado atual de como a tecnologia e os dados suportam as atividades do negócio na busca pelos objetivos estratégicos, e planejem roteiros para como a empresa entregará as capacidades de negócio e modelos operacionais futuros mostrando como ela irá operacionalizá-los.

Mas a questão principal é: o que determina a direção desta evolução?

As principais metas da transformação digital são:

  1. inovar os modelos de negócio, as experiências do cliente, os ecossistemas de parcerias e modelos operacionais existentes, alavancando a tecnologia e os dados digitais através de todo o negócio para entregar novos produtos e serviços digitais
  2. aumentos de produtividade e eficiências transformadores, baseados na automação e em análises avançadas para entregar valor de alto impacto

Estes novos modelos de negócio e experiências do cliente requerem inovação, o que pode ser gerado de várias formas: inovação espontânea através da empresa, orientada por pesquisa de desenvolvimento de novas tecnologias, orientada por problemas com foco nas necessidades e dores do cliente, ou orientados por metas para atingir um objetivo específico. Esta inovação nos informa quais capacidades precisam ser criadas ou melhorada; quais delas são diferenciadoras, capacidades importantes que fornecem vantagem competitiva estratégica; e quais são capacidades mundanas que precisam ser operadas com o máximo de eficiência.

A análise de capacidades também precisa informar que tipos de melhoria de capacidade são necessárias – são investimentos nas pessoas e competências, mudança cultural, novos serviços de tecnologias ou de dados, ou melhorias de processos (ou alguma combinação de todas estas coisas).  Isso certamente envolverá um ecossistema de parceiros fornecendo inovação e/ou serviços e experiência de tecnologia específicos como parte da abordagem geral.

O ponto aqui é que estes futuros modelos de negócio e operacionais precisam ser desenhados – modelados – para informar e orientar a evolução da empresa. É disso que se trata a arquitetura corporativa. Uma arquitetura corporativa orientada para dados é necessária como base para uma análise da empresa baseada em gêmeos digitais. Mas não é suficiente descrever os futuros modelos de negócio e operacional da empresa; as novas experiências do cliente e os novos ecossistemas, que orientam a análise de capacidades para determinar os investimentos, devem estar sempre no radar. Sem isso, sua arquitetura orientada para dados corre o risco de ser apenas um “voo cego”!

Com o Gartner dizendo que 81% das organizações esperam competir primariamente com base na experiência do cliente, será que o meu amigo pode se dar ao luxo de não colocar isso na frente e no centro da sua organização?

* Nick Reed é Diretor de Estratégia da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

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