Comunidade
  • Termo

  • Categoria

  • Período

Arquitetura Corporativa (ou de Negócios) e Planejamento Baseado em Capacidades

Originalmente postado por Marc Lankhorst*, no blog da Bizzdesign – Adaptação e tradução autorizadas

Introdução: O que são Capacidades de Negócio?

Neste blog, nosso objetivo é fornecer uma visão geral de alto nível do Planejamento Baseado em Capacidades no contexto da Arquitetura Corporativa ou de Negócios.

A arquitetura corporativa é um instrumento chave para melhorar as capacidades de negócio da sua organização. A arquitetura corporativa tem um escopo amplo, olhando para a coerência em toda a empresa entre sua estratégia, operações de negócios, TI e outras tecnologias que a suportam. Ela direciona a evolução da sua empresa, focando em onde você quer chegar com sua empresa e o que precisa fazer para chegar lá. A arquitetura de negócios é parte integrante da ‘verdadeira’ arquitetura corporativa– a Arquitetura Corporativa não é a arquitetura de TI de toda a empresa.

Agora, uma das principais noções na arquitetura de negócios e corporativa é o Planejamento Baseado em Capacidades. As capacidades de negócio descrevem o que a empresa faz ou é capaz de fazer. Elas não descrevem como, onde ou quando a empresa faz isso, portanto, são independentes dos detalhes de implementação. Isso as torna relativamente estáveis. Por exemplo, uma companhia de seguros de um século atrás teria muitas das mesmas capacidades de hoje, desde o desenvolvimento de produtos até a gestão de apólices de seguros e desde o processamento de sinistros até a gestão de ativos.

As capacidades de negócio são realizadas pelas pessoas, processos e tecnologia (baseada em TI e outras) da empresa. Elas são de propriedade e definidas pelo ‘negócio’ em termos de negócios.

O que é um Mapa de Capacidades de Negócio?

Um mapa de capacidades de negócio é a maneira típica de representar capacidades. Como as capacidades são facilmente reconhecidas pelo negócio e relativamente estáveis, esse mapa muitas vezes se torna uma linguagem compartilhada e um pano de fundo comum para todos os tipos de análises. Pense, por exemplo, em mapas de calor mostrando a importância estratégica das capacidades ou o risco de continuidade de negócios representado pela tecnologia obsoleta que suporta certas capacidades.

Essa análise de risco é um exemplo de uso das relações na sua arquitetura corporativa entre capacidades, sua importância estratégica, como são realizadas por pessoas, processos e sistemas, e informações adicionais como dados de ciclo de vida sobre esses sistemas.

Usando Modelos de Referência da Indústria

Existem modelos de referência comuns para muitas indústrias com um modelo de capacidades no seu centro. Por exemplo, no setor financeiro, você tem o modelo BIAN para bancos, e existem modelos semelhantes para governo e educação superior. Em vez de definir suas capacidades do zero, você pode usar esses modelos de referência como ponto de partida. Além disso, você também pode usá-los para comparar e avaliar suas capacidades e planejar melhorias.

Uma Visão Geral Básica do Planejamento Baseado em Capacidades

É aqui que a parte do ‘planejamento’ do Planejamento Baseado em Capacidades entra em ação. Claro, você vai querer melhorar aquelas capacidades onde a) há um interesse estratégico e b) elas precisam de um impulso porque estão abaixo do esperado.

Primeiro, é comum classificar suas capacidades ao longo de dimensões como suporte, centrais e definição de direção/estratégica, crítica para os negócios ou não, ou comuns vs. diferenciadoras. Capacidades que são centrais e diferenciadoras são estrategicamente mais importantes, enquanto capacidades comuns, não essenciais, poderiam talvez ser terceirizadas se estiverem com desempenho abaixo do esperado.

Além disso, a posição das capacidades nos fluxos de valor da empresa é essencial na tomada de decisões de investimento. Por exemplo, capacidades essenciais envolvidas em atividades voltadas para o cliente, que criam valor e não desempenham conforme o esperado por esses clientes, são candidatas principais para melhorias.

A arquitetura corporativa que está ‘por trás’ dessas capacidades ajuda você a analisar onde essas melhorias podem e devem ser feitas e quais dependências você deve levar em conta.

Idealmente, suas capacidades são relativamente independentes, para que você possa evoluí-las e melhorá-las de forma independente. Sua prática de arquitetura deve apoiar a minimização de dependências, como acontece quando aplicativos de TI são compartilhados por muitas capacidades. Claro, existem outras considerações como eficiência. Ainda assim, muitas vezes vejo arquiteturas projetadas em tempos de recursos limitados do passado, com muitas dependências porque cada capacidade depende de algum departamento central ou usa um único sistema central. Isso leva a problemas quando esse sistema compartilhado precisa ser alterado ou substituído para melhor suportar uma capacidade, mas como isso impactaria muitas áreas, a mudança não pode ser feita.

Uma solução única pode não ser a melhor opção. Às vezes, é melhor suportar diferentes capacidades com seus próprios recursos. Isso vem com seus desafios de arquitetura, como a necessidade de replicar e sincronizar dados entre diferentes sistemas, mas no ambiente de mudanças rápidas de hoje, a maior velocidade de mudança que você obtém com isso pode ser mais importante do que as economias de custo de uma solução centralizada. Isso requer um balanço bem considerado entre, neste caso, eficiência e flexibilidade em seus esforços de planejamento. Fazer esse tbalanceamento é, claro, um trabalho chave dos arquitetos.

Conclusão: Por que as Capacidades de Negócio são Importantes

Em resumo, a arquitetura corporativa fornece uma visão coerente de como os recursos e processos subjacentes realizam suas capacidades de negócio. Ela vincula essas capacidades aos seus objetivos de negócio, direção estratégica e ao modelo de negócio da organização. Permite identificar onde os investimentos na melhoria de capacidades devem ser feitos com base em sua importância para o seu negócio.

Finalmente, ajuda a realizar essas capacidades para que você possa apoiar e melhorar as mudanças na empresa tanto a curto quanto a longo prazo. Juntos, isso lhe dá uma linha de visão clara entre sua estratégia, modelo de negócios, modelo operacional e implementação e permite que você evolua e melhore sua empresa de forma inteligente.

 

* Mark Lankhorst é Gerente de Consultoria & Evangelista-Chefe de Tecnologia da Bizzdesign, empresa líder em ferramentas para modelagem da arquitetura corporativa, representada no Brasil pela Centus Consultoria.

 

eBook
Pensando em Processos

Muitos livros foram escritos sobre o tema do BPM. A maioria, no entanto, se concentra em aspectos específicos neste domínio, tornando difícil obter uma boa visão geral do BPM. Parece também que muitas pessoas têm dificuldade em configurar o BPM dentro de sua organização: por onde começar? Estes problemas são destacados neste livro.  As questões […]

Solicite aqui sua cópia grátis
Voltar para a página inicial